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Precarização do Trabalho

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Capitalismo, em uma definição dada pelo Google, é de um sistema econômico baseado na legitimidade dos bens privados e na irrestrita liberdade de comércio e indústria, com o principal objetivo de adquirir lucro. Dessa forma pela própria definição de capitalismo, podemos perceber que é um sistema que não está preocupado com o trabalhador e sim que aquele que procura lucro consiga da forma que quiser.

Assim vamos ter, o que Marx definiu como a força motriz da história humana, o combustível da mudança do mundo social que é a luta de classes. Certamente, se temos alguém procurando lucro acima de tudo, outra pessoa em uma posição hierárquica mais baixa será prejudica, e consequentemente teremos reivindicações diferentes: enquanto o trabalhador visa melhores salários e condições de trabalho, os empresários visam aumento do lucro e expansão de suas empresas.

Para ter seu tão desejado lucro o empresário irá promover ações que tenham pouco gasto, como não proteger o trabalhador com os equipamentos de segurança, não fornecer um ambiente de trabalho adequado (nesse caso podemos analisar que essa fator pode baixar a produtividade, já que os funcionários não se sentem estimulados a produzir). Um fator de extrema importância, um trabalhador principalmente de indústria não tem o realmente conhecimento do valor da matéria com qual trabalha, o que impossibilita fazer o cálculo e previsibilidade quanto aos salários pagos.

A imagem retratada acima, mostra todos os problemas de um precarização do trabalho e quem sai prejudicado é o trabalhador. A questão de precarização a pouco tempo vem sendo trabalhada, segundo José Sérgio Leite Lopes, professor do programa de Pós-graduação em Antropologia Social:

O surgimento da noção de precarização parece estar associado às modificações na organização da produção no período pós-fordista, dos anos de 1980 em diante, no sentido de diminuir custos e subtrair direitos da força de trabalho. O termo estaria também correlacionado às novas práticas de terceirização—passagem de atividades supostamente não essenciais à finalidade da empresa; passadas a outras empresas, empresas terceiras, com diminuição de direitos dos trabalhadores, com a freqüência de contratos temporários de mão de obra

Podemos analisar que o debate sobre sempre houve o debate sobre a sobre as diferentes reivindicações dos trabalhadores. Entretanto, ao meu ver, é algo mais recente essa questão da precarização, principalmente estando em pauta a tão polêmica reforma trabalhista. A sociedade certamente deve questionar as atitudes que estão sendo tomadas, pois cada vez mais fica perceptível as tentativas de retirar os direitos dos trabalhadores, nessa busca desenfreada por lucro mesmo que as custas de outras pessoas. É a hora de colocar um freio nessa ambição desenfreada.

 

Fonte:

A Precarização do Trabalho no Brasil – Rede de Estudos do Trabalho

http://www.estudosdotrabalho.org/8_%208%20%20Articulo%20Leite%20Lopes.pdf

 

Postado por Fernanda Camargo

 

Educação e Autonomia

Educação e Autonomia

“A autonomia engloba tanto a liberdade de dar a si os próprios princípios, quanto a capacidade de realizar os próprios projetos. Por isso, pensamos que é papel da escola promover uma educação que leve o educando a pensar livremente e, também, capacitá-lo para realizar os projetos que estabelece para si.” Vicente Zatti

A educação é base para o desenvolvimento da humanidade. Disso todos sabem. Contudo apenas dar educação ao povo não é suficiente quando a forma como o conteúdo é passado, e o próprio conteúdo, são interessantes apenas para o sistema econômico vigente e não para o desenvolvimento crítico do aluno.

“A ideologia neoliberal amacia a verdadeira realidade, promove modos de pensar massificados, o que nega a liberdade de cada qual pensar por si mesmo, negando assim, a autonomia.” Vicente Zatti

Segundo Paulo Freire, o ensino baseado na educação bancária, em que o aluno é tratado como um depósito de informações, reduzindo-o a um simples objeto da técnica, utilizando uma pseudoneutralidade, e incentivando o sucesso material e profissional, tem como resultado a desistência dos alunos a autonomia e ao pensamento crítico. Ou seja, ao contrário de estimular a autenticidade, este estilo de educação a qual estamos majoritariamente submetidos, transforma o indivíduo em um ser autômato, sem determinação própria, e consequentemente um heterônomo, que se submete a vontade de outras pessoas, estimulando o antidiálogo.

“O diálogo é oposto ao antidiálogo, que implica numa relação vertical de A sobre B. Dessa forma o antidiálogo é acrítico, desamoroso, autosuficiente, desesperançoso, arrogante, por isso não comunica e impede a autonomia.” Vicente Zatti

É claro que o individuo que passa por um sistema educacional que não estimula sua criatividade, sua autenticidade, sua criticidade, sua autonomia, tende a se manter com estas características no ambiente de trabalho, sendo “peça chave” para o funcionamento da máquina capitalista. Muitas vezes seguindo regras inapropriadas daqueles impõem sua voz, simplesmente por não serem ensinados a ter uma palavra autêntica.

 
Referência:
“Autonomia e educação em Immanuel Kant e Paulo Freire”

Click to access autonomiaeeducacao.pdf

 

Por Isadora Barreto

Educação no Brasil

Educação no Brasil

“O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).”

 

Frente a esses dados, apresentados no artigo, nos perguntamos de quem é a culpa por ser tão baixos esses números. De fato, muitos colocam a responsabilidade do ensino nas costas dos docentes, mas será mesmo que são eles os encarregados de tal tarefa?

A educação vai muito além da sala de aula e dos livros, e não é tarefa exclusiva dos professores. Os pais e a sociedade devem valorizar a educação para que seus filhos também entendam o quão importante ela é para a vida e para o seu futuro. Enquanto a sociedade não der o devido valor para a educação, o ensino e as escolas, ela continuará sendo precária e insuficiente; os nossos índices serão sempre inferiores e nosso país continuará sendo de nível médio que nunca sai do “em desenvolvimento” para ser desenvolvido.

Levando em consideração que boa parte da infância e juventude é passada dentro da escola, não deveria haver tanto descaso e desinteresse por parte da população e tão pouco apoio e investimento do governo. Investimentos nos professores, nos seus planos de carreira, valorizar esses poucos que ainda dedicam a sua vida para educar as nossas crianças. Valorizar os projetos propostos por eles, que estão diariamente com os alunos, e sabem o que deve ser abordado e ensinado. São projetos que podem agregar diferentes valores à vida dos jovens e assim, cultivar a esperança de um futuro melhor.

Escrito por Giordana Scherer

Artigo: http://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm

 

 

Meritocracia e a desigualdade social

Meritocracia e a desigualdade social

Mas afinal, o que é Meritocracia?

“Meritocracia é um sistema ou modelo de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais de cada indivíduo. A origem etimológica da palavra meritocracia vem do latim meritum, que significa “mérito”, unida ao sufixo grego cracía, que quer dizer “poder”. Assim, o significado literal de meritocracia seria “poder do mérito”. De acordo com a definição “pura” da meritocracia, o processo de alavancamento profissional e social é uma consequência dos méritos individuais de cada pessoa, ou seja, dos seus esforços e dedicações.”

Segundo pesquisa divulgada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Instituto Ethos, apenas 4,7% dos cargos executivos das 500 maiores empresas brasileiras são ocupados por negros. De acordo com o censo realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no ano de 2014, 1,4% dos juízes brasileiros são negros. Por fim, conforme aponta o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), que traz dados de dezembro de 2014, 61,6% da população carcerária do Brasil é composta por pretos e pardos. Os dados mostram que a desigualdade é clara no nosso país, a partir deles podemos refletir se essas pessoas que fazem parte desses dados estão nessa posição por falta de mérito ou por falta de oportunidade? Infelizmente podemos perceber que ter um bom status profissional e social não depende apenas dos ‘méritos individuas de cada pessoa’ como é colocado no conceito de meritocracia. A “meritocracia sem igualdade de pontos de partida é apenas uma forma velada de aristocracia” disse um Ministro ao dar seu voto a favor da política de cotas étnico-raciais para a seleção de estudantes da Universidade de Brasília. Ou seja, não existe meritocracia quando não se tem as mesmas oportunidades.

É comum ouvir “pobre é pobre porque merece, não trabalhou o suficiente” e “rico é rico por mérito, porque estudou, trabalhou”. Todos sabem que existem aqueles que estão hoje no topo por ter se esforçado, como o Silvio Santos, por exemplo, que trabalhava como camelô, mas não podemos pensar nas exceções, devemos pensar na maioria. Na maioria da população negra e pobre e não no caso a parte de Joaquim Barbosa, pensar na quantidade de mulheres que não conseguem chegar em um bom cargo em uma profissão, pensar em quantas pessoas que não têm acesso a educação e não no caso a parte do empresário que se tornou milionário sem nem ter o ensino médio completo. Não descarto a meritocracia de todos os casos, quando comparamos pessoas que tiveram as mesmas oportunidades, podemos sim estar falando de mérito. No contrário estamos falando de privilégio.

Talvez a gente tenha que pensar um pouco mais no que nos fez chegar onde estamos. Será que foi 100% mérito nosso? Será que não foi porque tivemos o apoio dos pais? Será que não é porque tivemos o privilégio de nos dedicar aos estudos e não ter que ir trabalhar para ajudar nas despesas de casa? Será que a nossa etnia não nos favoreceu? Refletir um pouco sobre as oportunidades que nos foram dadas pode ser o caminho para a gente pensar no próximo e procurar mudar das regras do jogo e quem sabe poder falar de meritocracia na nossa sociedade.

 

 

 

Isadora Barreto

Comunicação verbal x Comunicação não verbal

Comunicação verbal x Comunicação não verbal

COMUNICAC--A--O-VERVAL-E-NA--O-VERBAL

Comunicação verbal é a mais comum e habitual que os seres humanos utilizam. É expressa pela linguagem oral e pela escrita, é o instrumento preferido para contato do individuo, pois envolve entonação da voz e ritmo. Porém não é a única maneira utilizável.

Temos por comunicação não verbal um aglomerado uso da linguagem corporal, isso é, o individuo utiliza seu corpo, usando gestos, expressões faciais, posturas corporais e até mesmo distâncias físicas. Além disso, podemos entender a comunicação não verbal também por tudo que envolva simbologias, assim como placas de trânsito, desenhos, pinturas etc. A postura do corpo, as expressões faciais e os gestos, às vezes, esclarecem muito mais que meras palavras.

Podemos não reparar ou não presta atenção, mas no nosso dia-a-dia utilizamos ou vemos a utilização de diversos tipos de comunicação não verbal, os estudos desta comunicação a separam em 4 principais campos, o quais estão anunciados e exemplificados abaixo.

Paralinguagem: Está relacionado com as características sonoras e como estas podem influenciar nos significados de um discurso/fala. Exemplos: intensidade, volume, velocidade, pausas.

Proxêmica: Está relacionado com o espaço, ambiente que o individuo utiliza ao seu redor para comunicar-se. É exemplo de proxêmica o fato de que um indivíduo que encontra um banco de praça já ocupado por outra pessoa numa das extremidades tende a sentar-se na extremidade oposta, preservando um espaço entre os dois indivíduos.

Cinésica: Está relacionado aos movimentos executados por todas as partes do nosso corpo, destacando as expressões faciais, os gestos e seus significados de acordo com a cultura e contexto de uma sociedade, por exemplo.

Aparência/Características físicas: Está relacionado ao impacto que as características físicas do comunicador podem provocar no receptor, ou seja, as “primeiras impressões”.

Logo, assim como a comunicação verbal é importante, a comunicação não verbal tem o mesmo grau de importância, pois pode expressar ainda mais a vontade e o sentimento do individuo para com o outro.

Fontes:

Tipos de comunicação não verbal.

http://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-carreira/tipos-exemplos-comunicacao-nao-verbal/

Comunicação não-verbal.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902009000300012

Postado por Natasha.

 

A difícil busca de uma saída para a crise migratória na Europa

A difícil busca de uma saída para a crise migratória na Europa

Há dois anos o tema dos refugiados domina as manchetes europeias. Não há solução à vista, pois os responsáveis políticos se esquivam de discussões consequentes. Enquanto isso, os traficantes lucram.

Debater sobre imigração é algo delicado, já que envolve direitos e deveres, como saber até que ponto um país é obrigado a ajudar ? E de que forma ajudar esses imigrantes?

O primeiro impacto ao falar de imigrantes é recheado de pré-conceitos, fatos que são associados a eles sem nenhum embasamento como por exemplo o aumento da criminalidade; terroristas entre os imigrantes sendo que foi documentado apenas 300 casos de tentativa de radicalização do Estado Islâmico voltadas para as pessoas em viagem rumo a Europa e que eles roubam o emprego de outras pessoas, é falso já que eles recebem salários menores, e pelo estudo dinamarquês em 1990 forçou a mão de obra a se reinserir em empregos de maior qualificação. Tudo isso só faz aumentar o preconceito e a discriminação, reforçando a ideia de não abrigar imigrantes.

Essa crise não é recente e constantemente encontra-se nas manchetes, entretanto a busca por uma solução além de difícil como apontada pela reportagem não irá ocorrer tão cedo. Umas das causas segundo a DW é que a Europa não é uma comunidade solidária funcional e muitos imigrantes não tem direito ao asilo. Assim empacamos em dois problemas grandes, a questão da solidariedade de um país e que os imigrantes chegam em uma busca de um retorno financeiro e não refugiados de uma guerra.

Como falado no início do texto até que ponto um país deve ajudar ? Cada pessoa terá uma visão diferente sobre esse ponto, aqueles que são menos afetados com a questão imigratória provavelmente terão um olhar de ajudar o outro, de fornecer suporte e a visão daqueles que enfrentam essas questões pode ser um pouco mais dura.

Compreender como é essa realidade da imigração envolve além de muita leitura e ter essa empatia pelo outro, sendo em alguns casos preciso vivenciar, ver o dia a dia para dessa forma se ter uma real dimensão da quantidade e dos motivos de cada um que tenta desembarcar. Enquanto esses embates acontecem, quem sai lucrando é a indústria do tráfico humano, cujo o faturamento só no Norte da África chega a 500 milhões de euros. Uma vida é associada a dinheiro,  dinheiro esse o qual fala mais alto que a segurança dessas pessoas e uma vida boa para elas. Como não ajudar pessoas que são como nós e nesse momento precisam de apoio ?

 

Fonte:

http://www.dw.com/pt-br/a-dif%C3%ADcil-busca-de-uma-sa%C3%ADda-para-a-crise-migrat%C3%B3ria-na-europa/a-39314097

http://istoe.com.br/o-que-e-verdade-ou-mentira-na-crise-migratoria/

 

Postado por Fernanda Camargo

Diversidade nas organizações

Diversidade nas organizações

“Todos nós somos uma mesma equipe, com as nossas diferenças e não apesar delas”.

(Thomas e Ely, 1996).

 Há uma constatação geral de que a força de trabalho tem se modificado nos últimos anos. O aumento dessa diversidade ocorre em dimensões tais como gênero, raça, nacionalidade, classe social, região cultural, idade, dentre muitas outras. Graças a essas mudanças torna-se necessário que as organizações tratem do impacto e do gerenciamento da diversidade cultural no ambiente de trabalho.

Assim como as mulheres mudaram o mercado de trabalho no final do século XX, outra mudança demográfica forte é esperada para os próximos anos, sendo relativa à faixa etária da mão de obra. O grupo de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, que no ano 2000 correspondia a cinco por cento da população brasileira, deve crescer para 18% até 2050  (ROBBINS, 2008).

Além da diversidade superficial, que se refere às diferenças de características facilmente identificáveis como as demográficas, que não refletem como as pessoas pensam e se sentem, mas podem ativar certos estereótipos, existem as diferenças em nível profundo, que são as relativas a valores, personalidade e preferências de trabalho, que se tornam progressivamente mais importantes.

A maior diversidade da força de trabalho traz implicações importantes para as práticas administrativas. Os administradores precisam modificar suas filosofias, reconhecer as diferenças e responder a elas de maneira a assegurar a produtividade, sem cometer discriminação. O gerenciamento da diversidade trata do desenvolvimento e do estabelecimento de normas organizacionais que valorizam as diferenças entre os grupos para a melhoria da efetividade organizacional. Essas normas promovem um conjunto de expectativas claras de como os empregados devem ser tratados e do tipo de comportamento esperado das pessoas. As maneiras de gerir a diversidade orientam também a forma pela qual as organizações e seus membros compreendem esse fenômeno social e desenham estratégias, normas e valores organizacionais que buscam ao máximo aumentar a vantagem competitiva representada pela diversidade.

Muitas vezes, as organizações lidam com a diversidade apenas sob a lógica da discriminação, tentando evitar o preconceito que atinge certos grupos demográficos. O preconceito pode ser pensado como uma atitude negativa, com grande carga afetiva, perante um grupo e seus integrantes, que considera as diferenças entre os grupos como fraquezas. O preconceito está ligado ao conceito de discriminação, que se refere ao reconhecimento de uma diferença entre coisas ou pessoas. A discriminação não é necessariamente ruim, mas normalmente quando se usa esse conceito, as pessoas se referem a deixar que um comportamento seja influenciado por estereótipos sobre grupos de pessoas. A discriminação negativa e injusta, ao invés de olhar para as características individuais, presume que todos em um dado grupo social sejam iguais. Esse tipo de discriminação é frequentemente muito danoso às organizações e funcionários. Algumas formas de discriminação são feitas através de ameaças ou intimidações dirigidas a membros de grupos específicos de funcionários; piadas sobre estereótipos; exclusão de determinadas pessoas de oportunidades de trabalho, eventos sociais, discussões ou de orientação informal, que podem ou não ocorrer intencionalmente; tratamento desrespeitoso, que inclui comportar-se agressivamente, interromper a pessoa ou ignorar suas opiniões.

Como a diversidade é percebida é uma questão ampla e a expressão diversidade no ambiente de trabalho pode se referir a quaisquer características que tornam as pessoas diferentes umas das outras. Quando as empresas lidam com a questão da diversidade apenas sob a perspectiva de evitar a discriminação, elas buscam agir através da justiça e do cumprimento de leis. Trata-se, assim, da reestruturação da composição da força de trabalho. O objetivo dentro dessa lógica é que todos possam ser tratados com igualdade e respeito. Alguns exemplos dessa abordagem são os programas de ação afirmativa e as cotas para minorias.  Quando a organização utiliza esse tipo de estratégia para lidar com a diversidade, pode-se dizer que o quadro funcional fica diversificado, mas o tipo de trabalho não, pois não se tira vantagem de pessoas com diferentes histórias podem agregar em termos de diferentes formas de visão acerca do trabalho e da execução das tarefas.

Uma forma mais ampla de abordar a questão da diversidade é a partir da compreensão de que mulheres, negros, indígenas, homossexuais e diversos outros grupos podem trazer conhecimentos e visões diferentes, importantes e relevantes competitivamente sobre como o trabalho pode ser feito, o que pode possibilitar novas e inovadoras formas de desenhar processos, alcançar metas, criar equipes, comunicar ideias e liderar. Quando se permite, os membros desses grupos podem contribuir ao questionamento de pressuposições básicas sobre como lidar com as operações, práticas e procedimentos dentro das empresas. Assim, as organizações devem pensar sobre diversidade de uma forma mais abrangente, como uma maneira de se obter abordagens novas e significativas.  A abertura para a valorização do agrupamento de diversos pontos de vista, características de personalidade, bagagens culturais pode ser algo extremamente agregador para as organizações. Trata-se de tirar proveito das diferenças e não apenas lidar com o preconceito contra as minorias históricas como se estivesse atuando de forma altruísta ou cumprindo as leis.

É certo que atualmente vive-se em uma sociedade que é cada vez mais multicultural e a diversidade não é somente justa. Ela faz sentido em termos de negócio. As organizações devem se conscientizar que existe mais de uma maneira de se obter resultados positivos. Assim, a cultura das empresas deve criar expectativas de altos padrões de desempenho para todos e não esperar menos de alguns empregados em virtudes de crenças errôneas acerca de características particulares. “As metas organizacionais que são diretamente atingidas pelo bom gerenciamento da diversidade referem-se à responsabilidade moral, ética e social da organização, suas obrigações legais e o aumento do desempenho econômico” (COX, 1994 apud Zanelli, 2009).

As pessoas são diferentes em uma série de aspectos e a gestão da diversidade torna todos mais conscientes e sensíveis às necessidades e diferenças dos outros. Além disso, as variadas funções dentro de uma empresa demandam diversas habilidades de quem as executa e, dessa forma, a possibilidade de contar com um grupo de funcionários dotados de características heterogêneas representa uma vantagem competitiva para as organizações. Para tirar proveito desses benéficos, as empresas devem se preocupar em transmitir para os gestores o quanto uma força de trabalho diversificada pode servir melhor a um mercado de clientes com essas mesmas características; deve criar práticas de desenvolvimento pessoal que despertem os talentos e habilidades de todos os trabalhadores, conscientizando-se de que a reunião de diferentes tipos de competências e perspectivas pode ser uma maneira valiosa de melhorar o desempenho de todos.

Fonte: http://era.org.br/2012/05/gerenciamento-da-diversidade-nas-organizacoes/

O texto traz uma opinião acerca de como tratar e gerenciar a diversidade nas organizações. Nos últimos anos e cada vez mais, vem aumentando as diferenças tanto demográficas como nos modos de pensar, fazer, agir, sentir, etc. e essas mudanças implicam alterações nas formas de administrar as empresas.

Entretanto, para integrar essa diversidade que o mundo oferece dentro de um mesmo lugar, as estratégias não se restringem apenas às leis de cotas nas empresas. Além de fazer com que todos os diferentes colaboradores convivam bem entre si, eles também não podem discriminar nem dar espaço para que outros o façam.

O que muitos não valorizam, ou não se dão conta, é que a diversidade tem uma vantagem competitiva enorme. No momento em que você possui diferentes visões de uma mesma coisa, surgem diferentes ideias, opiniões, que juntas, agregadas, elas podem resultar em algo muito mais criativo em relação à concorrência. Mas, isso só vai acontecer se o administrador e os demais colaboradores estiverem abertos a compartilhar as suas ideias e receber as visões alheias, possibilitando um brainstorming diversificado.

“A abertura para a valorização do agrupamento de diversos pontos de vista, características de personalidade, bagagens culturais pode ser algo extremamente agregador para as organizações.”

“Trata-se de tirar proveito das diferenças e não apenas lidar com o preconceito contra as minorias históricas como se estivesse atuando de forma altruísta ou cumprindo as leis.”

Ao contrário do que muitos pensam, a diversidade nas organizações, quando bem gerenciada só tende a trazer bons resultados em termos financeiros e pessoais também. As pessoas que convivem com a diversidade ficam mais conscientes e sensíveis às necessidades dos outros. Conforme vamos aprendendo a conviver com as diferenças dentro do ambiente de trabalho, vamos também melhorando nossos comportamentos nas outras esferas da vida social.

Escrito por Giordana Scherer

“Notes on blindness”

“Notes on blindness”

Sinopse do longa-metragem: Em 1983, após anos de uma doença progressiva e dias antes de seu filho nascer, o escritor e teólogo John Hull ficou completamente cego. Consciente de que iria destruir sua vida se não entendesse a cegueira, Hull começou a fazer um diário gravado com fitas-cassete, em que descrevia a dolorosa, mas também libertadora jornada até as profundidas de sua alma; demostrando que as deficiências físicas e obstáculos da vida podem trazer experiências enriquecedoras se forem enfrentadas.

O longa-metragem, de 2016, ainda não conta com tradução do nome para o Português, mas literalmente seria algo como “notas sobre a cegueira”, título que se relaciona muito bem com o conteúdo do longa, que é baseado nas fitas que John Hull gravou. O conteúdo real dessas fitas é disposto no longa.

O longa começa quando John descobre que perdeu quase toda a visão e, que, provavelmente, perderia o pouco que restou, mesmo depois de várias cirurgias. Ele começa a enfrentar dificuldades no trabalho, tais como lidar com os comentários de colegas de trabalho e conseguir materiais para fazer suas pesquisas.

Escolhi esse filme para tratar do tema da diversidade e, com base no longa, percebe-se que é complicado para uma pessoa cega fazer coisas que consideramos “normais”. Chama atenção que uma amiga do casal John e Marilyn, fala que John está muito bem pois continua sendo “funcional”. John, depois, fala que essa amiga não sabe de metade do que ele passa e que, para ser “funcional” teve que passar por várias adversidades e superar obstáculos em sua profissão.

O protagonista, ainda, encontra-se em dúvida sobre sua própria identidade: ao mesmo tempo em que não quer aceitar sua condição, ele acaba se prendendo à um passado que não existe mais. Isso fica evidente nas cenas em que ele vai visitar seus pais na Austrália, onde nasceu, e não consegue identificar as coisas pois elas mudaram e ele não consegue as ver agora. Por fim, ele escolhe deixar de viver em nostalgia e decide se doar ao presente, aos seus filhos e à sua família (a quem ele dá o crédito por conseguir se recriar).

“Para alcançar a nossa plena humanidade, pessoas cegas e pessoas que possuem a capacidade de ver precisam umas das outras.” – JOHN M. HULL (1935-2015)

Fontes:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-248640/

Postado por Bruna.

Trabalho Infantil

Trabalho Infantil

O trabalho infantil no mundo não é exagero de organizações não governamentais, tão pouco é modismo do “politicamente correto” como querem fazer crer alguns. É de lamentar que a mão de obra infantil ainda persista no século 21″.

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Não tentemos desqualificar o problema colocando o trabalho infantil no mesmo plano da criança que ajuda seus pais arrumando sua cama, guardando seus brinquedos, limpando seu quarto. Estamos falando de escravidão, de trabalhos de longa jornada com finalidade lucrativa, e que no caso de crianças é ainda pior porque roubam sua infância e as impedem de estudar. Tratam-se de trabalhos pesados, insalubres, perigosos, além é claro, das atividades ilícitas que também utilizam crianças, como o tráfico de drogas e a exploração sexual. A OIT Organização Internacional do Trabalho, estima que cerca de 215 milhões de crianças no mundo trabalhem em diversos segmentos: na indústria têxtil, em minas de carvão, lavouras de cacau, plantações de algodão, entre outros.

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Mas se engana quem pensa que só a agricultura e pequenos negócios incorrem nesse tipo de transgressão. Multinacionais de renome já foram e são com frequência flagradas utilizando mão de obra infantil. O problema não se restringe apenas aos países subdesenvolvidos da África e Ásia, é também encontrado em países desenvolvidos, mas muito mais comum nos primeiros. Em países desenvolvidos as crianças de famílias de baixa renda, principalmente filhos de imigrantes, são as mais vulneráveis. Os próprios pais empurram as crianças para o trabalho infantil a fim de contribuírem com a renda familiar. Algumas dessas multinacionais donas de marcas famosas, que já foram denunciadas por uso do trabalho escravo e infantil, sequer passou por nossa imaginação.

Coca-Cola, Apple, Philip Morris, Nike, Zara, Forever 21, Victoria’s Secret, Brooksfield

Depois da indústria têxtil, a indústria do chocolate é um dos setores que mais empregam crianças, no cultivo e colheita do cacau. Multinacionais conhecidíssimas do público consumidor exploram mão de obra infantil em países da África Ocidental de onde provém dois terços do cacau utilizado na produção de chocolate em todo o mundo.

Nestlé, Hershey’s, Mars, ADM cocoa, Guittard Chocolate Company, Fowler’s Chocolate, Godiva, Kraft

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Já o Brasil, segundo dados da Fundação Abrinq, possui 2,6 milhões de crianças em situação de trabalho infantil. Ainda, conforme o levantamento da entidade, 17,3 milhões de crianças de 0 a 14 anos, equivalente a 40,2% da população brasileira nessa faixa etária, vivem em domicílios de baixa renda, segundo dados do IBGE (2015). Elas trabalham nas carvoarias, em olarias fazendo tijolo, em pedreiras, na extração de castanhas, na colheita de laranja, no corte de cana, na extração de sal, além do serviço doméstico em casas de família ou vendendo quinquilharias nas ruas das cidades. A informalidade e a precarização dessas atividades aliada às dimensões do país e a uma fiscalização pouco eficiente, permitem que esses setores tenham facilidade na obtenção da mão de obra de crianças e pouco receio de punições. Há lugares completamente esquecidos pelo poder público, caso das comunidades quilombolas em Goiás, onde houveram denúncias de trabalho infantil doméstico e exploração sexual, que já estariam acontecendo há duas décadas, bem como da exploração de mão de obra de crianças indígenas.

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Se é posssível explicar a exploração da mão de obra infantil pela facilidade propiciada em setores informais da economia, como explicar que o mesmo tipo de crime ocorra em grandes companhias, com grandes marcas? Elas alegam em sua defesa que não sabiam o tipo de mão de obra que era utilizada. Ora, mas grandes companhias não deveriam ter o hábito de fiscalizar seus fornecedores dentro e fora do país. Elas não se informam sobre as condições políticas e sociais dos países em que instalam suas fábricas? A verdade é que a mão de obra barata, e melhor ainda se for gratuíta, pressupõe aumento nos lucros. É isso que no final importa, e ao se aproveitarem da fragilidade social dessas crianças, contribuem para um ciclo perverso de pobreza que passa de geração em geração. Mas se o comportamento do mercado é a única coisa que sensibiliza grandes companhias que não deveriam fazer uso de tais meios, nada como trocar de marcas ou parar de consumir os produtos. Mas este é outro desafio: sensibilizar a opinião pública para um problema que está distante de suas vistas, e no caso das grandes marcas, quase nunca exposto na mídia tradicional.

Fonte: © obvious: http://lounge.obviousmag.org/por_tras_do_espelho/2017/05/trabalho-infantil-o-ciclo-perverso-da-pobreza.html#ixzz4lVr9zvdx

Ao mesmo tempo que nos espantamos com o fato de, em pleno século 21, ainda existir o uso de mão de obra infantil, não é tão espantoso assim. Estamos vivendo um momento de violência, de ruindade, estamos vendo do que o homem é capaz de fazer por dinheiro, por poder, por raiva e ódio.

Usar crianças que deveriam estar estudando, brincando, aproveitando o que julgamos ser a melhor fase da vida, é uma pequena prova do que os pequenos e grandes empresários fazem por dinheiro. Os números são altíssimos, incluindo os do Brasil. Quantas vezes nos deparamos com crianças no metrô, nas ruas e estações vendendo balas, muitas vezes acompanhados de seus próprios pais? O trabalho infantil está bem debaixo do nosso nariz, não enxerga quem não quer.

Assim como falado no texto, temos que diferenciar o arrumar a cama e ajudar os pais nas tarefas de casa do que realmente é trabalho infantil. Estamos falando aqui de trabalho braçal, pesado, dos quais muitos adultos não querem se submeter, mas que aquelas crianças são obrigadas, seja pelos pais, por necessidade ou por regime escravo.

A vontade de consumir mais e mais é tão grande, que diversas vezes o fato de ser produzido com mão de obra infantil é ignorado. Porque não deixar de consumir os produtos dessas empresas que utilizam o trabalho das nossas crianças?

Em vez de ignorar, devemos ir atrás dos direitos desses pequenos, cobrar do governo maior fiscalização nas empresas, projetos para tirar as crianças das situações de pobreza e “obrigatoriedade” e não incentivar o trabalho através da compra dos produtos. Devemos fazer a nossa parte, pois, apenas ler/ver as notícias e se espantar ou indignar não vai mudar a situação. São elas, as crianças,  nosso futuro, temos que proporcionar os meios para que elas atinjam os fins. 

Escrito por Giordana Scherer

Uma troca de culturas

Uma troca de culturas

 

O projeto Bonne Chance ou Boa Sorte, idealizado aqui em Porto Alegre por duas amigas gaúchas tem como propósito uma troca de cultura entre um professor imigrante e alunos que desejam ser mais íntimos do idioma e da cultura africana.

Nos últimos dois anos mais de 15 mil imigrantes já desembarcaram no Rio Grande do Sul, em busca de novas oportunidades. Compartilho essa reportagem do G1 na intenção de mostrar a importância da interação social e da diversidade para o ser humano. A troca de cultura exposta nesse projeto Bonne Chance, além de proporcionar uma renda extra para o Senegalês, chamado aqui de Júnior, vendedor ambulante nas ruas de Porto Alegre, com dois diplomas de ensino superior e que veio ao Brasil em busca de novas oportunidades de trabalho, proporciona uma troca de conhecimentos, de experiências e uma visão mais ampla de que existem muitas pessoas sim, interessadas em diferentes culturas, porém não há muitos projetos que ofereçam essa oportunidade.

Como dito na reportagem pela Socióloga criadora do projeto, a busca pelo básico foi extremamente maior do que a busca pelo intermediário e avançado, porém o projeto não tem como acolher todas inscrições mesmo hoje contando com outros três imigrantes, sendo dois do Senegal e um da Costa do Marfim. A iniciativa se da em um espaço cedido pela Associação Cultura Villa Flores onde constam apenas um quadro branco e algumas cadeiras. Uma mensalidade de R$: 100,00 é cobrada para auxilio nos materiais e pagamentos dos professores.

Hoje a grande dificuldade do projeto e principal meta também, é conseguir apoiadores aqui no Rio Grande do Sul e principalmente pelo Brasil inteiro. Deixo aqui um questionamento: O que falta para que muitas outras pessoas possam inventar, apoiar e ir atrás de projetos como o Bonne Chance?

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Fontes:

Aulas de francês com imigrantes em Porto Alegre incentivam troca cultural.

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/10/aulas-de-frances-com-imigrantes-em-porto-alegre-incentivam-troca-cultural.html

Sobre os refugiados e Imigrantes

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smdh/default.php?p_secao=90

Saiba como ajudar imigrantes e refugiados no RS

http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2015/09/saiba-como-ajudar-imigrantes-e-refugiados-no-rs-4843251.html

Postado por Natasha.