“Notes on blindness”

“Notes on blindness”

Sinopse do longa-metragem: Em 1983, após anos de uma doença progressiva e dias antes de seu filho nascer, o escritor e teólogo John Hull ficou completamente cego. Consciente de que iria destruir sua vida se não entendesse a cegueira, Hull começou a fazer um diário gravado com fitas-cassete, em que descrevia a dolorosa, mas também libertadora jornada até as profundidas de sua alma; demostrando que as deficiências físicas e obstáculos da vida podem trazer experiências enriquecedoras se forem enfrentadas.

O longa-metragem, de 2016, ainda não conta com tradução do nome para o Português, mas literalmente seria algo como “notas sobre a cegueira”, título que se relaciona muito bem com o conteúdo do longa, que é baseado nas fitas que John Hull gravou. O conteúdo real dessas fitas é disposto no longa.

O longa começa quando John descobre que perdeu quase toda a visão e, que, provavelmente, perderia o pouco que restou, mesmo depois de várias cirurgias. Ele começa a enfrentar dificuldades no trabalho, tais como lidar com os comentários de colegas de trabalho e conseguir materiais para fazer suas pesquisas.

Escolhi esse filme para tratar do tema da diversidade e, com base no longa, percebe-se que é complicado para uma pessoa cega fazer coisas que consideramos “normais”. Chama atenção que uma amiga do casal John e Marilyn, fala que John está muito bem pois continua sendo “funcional”. John, depois, fala que essa amiga não sabe de metade do que ele passa e que, para ser “funcional” teve que passar por várias adversidades e superar obstáculos em sua profissão.

O protagonista, ainda, encontra-se em dúvida sobre sua própria identidade: ao mesmo tempo em que não quer aceitar sua condição, ele acaba se prendendo à um passado que não existe mais. Isso fica evidente nas cenas em que ele vai visitar seus pais na Austrália, onde nasceu, e não consegue identificar as coisas pois elas mudaram e ele não consegue as ver agora. Por fim, ele escolhe deixar de viver em nostalgia e decide se doar ao presente, aos seus filhos e à sua família (a quem ele dá o crédito por conseguir se recriar).

“Para alcançar a nossa plena humanidade, pessoas cegas e pessoas que possuem a capacidade de ver precisam umas das outras.” – JOHN M. HULL (1935-2015)

Fontes:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-248640/

Postado por Bruna.

Leave a comment