Educação e Autonomia

Educação e Autonomia

“A autonomia engloba tanto a liberdade de dar a si os próprios princípios, quanto a capacidade de realizar os próprios projetos. Por isso, pensamos que é papel da escola promover uma educação que leve o educando a pensar livremente e, também, capacitá-lo para realizar os projetos que estabelece para si.” Vicente Zatti

A educação é base para o desenvolvimento da humanidade. Disso todos sabem. Contudo apenas dar educação ao povo não é suficiente quando a forma como o conteúdo é passado, e o próprio conteúdo, são interessantes apenas para o sistema econômico vigente e não para o desenvolvimento crítico do aluno.

“A ideologia neoliberal amacia a verdadeira realidade, promove modos de pensar massificados, o que nega a liberdade de cada qual pensar por si mesmo, negando assim, a autonomia.” Vicente Zatti

Segundo Paulo Freire, o ensino baseado na educação bancária, em que o aluno é tratado como um depósito de informações, reduzindo-o a um simples objeto da técnica, utilizando uma pseudoneutralidade, e incentivando o sucesso material e profissional, tem como resultado a desistência dos alunos a autonomia e ao pensamento crítico. Ou seja, ao contrário de estimular a autenticidade, este estilo de educação a qual estamos majoritariamente submetidos, transforma o indivíduo em um ser autômato, sem determinação própria, e consequentemente um heterônomo, que se submete a vontade de outras pessoas, estimulando o antidiálogo.

“O diálogo é oposto ao antidiálogo, que implica numa relação vertical de A sobre B. Dessa forma o antidiálogo é acrítico, desamoroso, autosuficiente, desesperançoso, arrogante, por isso não comunica e impede a autonomia.” Vicente Zatti

É claro que o individuo que passa por um sistema educacional que não estimula sua criatividade, sua autenticidade, sua criticidade, sua autonomia, tende a se manter com estas características no ambiente de trabalho, sendo “peça chave” para o funcionamento da máquina capitalista. Muitas vezes seguindo regras inapropriadas daqueles impõem sua voz, simplesmente por não serem ensinados a ter uma palavra autêntica.

 
Referência:
“Autonomia e educação em Immanuel Kant e Paulo Freire”

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Por Isadora Barreto

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