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Precarização do Trabalho

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Capitalismo, em uma definição dada pelo Google, é de um sistema econômico baseado na legitimidade dos bens privados e na irrestrita liberdade de comércio e indústria, com o principal objetivo de adquirir lucro. Dessa forma pela própria definição de capitalismo, podemos perceber que é um sistema que não está preocupado com o trabalhador e sim que aquele que procura lucro consiga da forma que quiser.

Assim vamos ter, o que Marx definiu como a força motriz da história humana, o combustível da mudança do mundo social que é a luta de classes. Certamente, se temos alguém procurando lucro acima de tudo, outra pessoa em uma posição hierárquica mais baixa será prejudica, e consequentemente teremos reivindicações diferentes: enquanto o trabalhador visa melhores salários e condições de trabalho, os empresários visam aumento do lucro e expansão de suas empresas.

Para ter seu tão desejado lucro o empresário irá promover ações que tenham pouco gasto, como não proteger o trabalhador com os equipamentos de segurança, não fornecer um ambiente de trabalho adequado (nesse caso podemos analisar que essa fator pode baixar a produtividade, já que os funcionários não se sentem estimulados a produzir). Um fator de extrema importância, um trabalhador principalmente de indústria não tem o realmente conhecimento do valor da matéria com qual trabalha, o que impossibilita fazer o cálculo e previsibilidade quanto aos salários pagos.

A imagem retratada acima, mostra todos os problemas de um precarização do trabalho e quem sai prejudicado é o trabalhador. A questão de precarização a pouco tempo vem sendo trabalhada, segundo José Sérgio Leite Lopes, professor do programa de Pós-graduação em Antropologia Social:

O surgimento da noção de precarização parece estar associado às modificações na organização da produção no período pós-fordista, dos anos de 1980 em diante, no sentido de diminuir custos e subtrair direitos da força de trabalho. O termo estaria também correlacionado às novas práticas de terceirização—passagem de atividades supostamente não essenciais à finalidade da empresa; passadas a outras empresas, empresas terceiras, com diminuição de direitos dos trabalhadores, com a freqüência de contratos temporários de mão de obra

Podemos analisar que o debate sobre sempre houve o debate sobre a sobre as diferentes reivindicações dos trabalhadores. Entretanto, ao meu ver, é algo mais recente essa questão da precarização, principalmente estando em pauta a tão polêmica reforma trabalhista. A sociedade certamente deve questionar as atitudes que estão sendo tomadas, pois cada vez mais fica perceptível as tentativas de retirar os direitos dos trabalhadores, nessa busca desenfreada por lucro mesmo que as custas de outras pessoas. É a hora de colocar um freio nessa ambição desenfreada.

 

Fonte:

A Precarização do Trabalho no Brasil – Rede de Estudos do Trabalho

http://www.estudosdotrabalho.org/8_%208%20%20Articulo%20Leite%20Lopes.pdf

 

Postado por Fernanda Camargo